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DRAGAGEM::

Consórcio Draga Brasil é responsável pelo aprofundamento do Canal

Em 12 meses, 13 milhões de metros cúbicos de sedimentos serão retirados

Vencedor da licitação para a execução da obra de Dragagem de Aprofundamento do Porto de Santos, o consórcio Drag Brasil é formado pelas empresas EIT Engenharia Industrial Técnica S/A, DTA Engenharia Ltda., Equipav S/A Pavimentação e Comércio e também pela CHEC Dredging Co. Ltda., sendo esta última subsidiária da CCCC (China Communications Construction Company Ltda.). A obra vai ser realizada em todos dos 24,6 km do canal de navegação do Porto, que começam na Isóbata 15 e vão até a Alemoa.

O consórcio foi contratado pelo período de 36 meses, sendo 12 deles destinados à execução da obra de aprofundamento e alargamento do canal de navegação do Porto de Santos e os demais 24 para dragagem de manutenção. Diretor executivo da DragaBrasil, Licius Guimarães explica que os fenômenos naturais foram presumidos no projeto do empreendimento. Por outro lado, os “fenômenos extraordinários não são esperados e podem, sim, atrasar a obra”.

Segundo Guimarães, para aumentar o calado do canal, dos atuais 13 metros, em média, para 15 metros, vão ser retirados 13,8 milhões de metros cúbicos de sedimentos. A obra foi dividida em quatro etapas. Dessa forma, “os trechos já podem ser utilizados conforme as etapas forem sendo concluídas”.

O Trecho 1 tem 11.560 metros de extensão e vai da Isóbata 15 até o Entreposto Pesqueiro. Dele serão retirados 4 milhões de metros cúbicos de sedimentos. No Trecho 2 serão dragados 2,6 milhões de metros cúbicos. Com 4.340 metros, esse trecho vai do Entreposto Pesqueiro até a Capitania dos Portos. Contando 3.340 metros, o Trecho 3, entre a Capitania dos Portos e a Torre Grande, terá 1,8 milhão de metros cúbicos de material retirado. E, por último, do Trecho 4, com 5.260 metros, entre a Torre Grande e a Alemoa, serão dragados 5,4 milhões de metros cúbicos de sedimento.


Como a draga trabalha

Por um sistema de sucção, a draga recolhe os sedimentos do fundo do canal. Esses sedimentos são encaminhados para uma cisterna. Quando esse compartimento está cheio, aproximadamente uma hora depois do início dos trabalhos, a draga se desloca até a área de descarte, abre as comportas e despeja os sedimentos dragados. Um ciclo completo – sucção, deslocação e descarte – pode demorar entre duas e três horas, dependendo da qualidade do material dragado e da distância do quadrilátero de despejo dos resíduos.

Em cruzeiro, a draga pode alcançar até 12 nós de velocidade, o equivalente a 21 km/h. Durante o descarte do material, a embarcação diminui a velocidade para entre 2 e 3 nós, mais ou menos 5km/h. O processo de despejo leva, no máximo, 20 minutos.

Rastreamento

Posição da draga, abertura de comportas e onde e quando os sedimentos são depositados. Tudo isso é rastreado por um sistema híbrido – celular-satelital. Gerente do consórcio DragaBrasil, Aílton Siqueira explica que o equipamento de rastreamento é constituído por uma central e um receptor. Geralmente, a comunicação é feita via celular, mas caso o meio falhe, o satélite desempenha a função.

Os pulsos, que são emitidos a cada dois minutos, dão origem a relatórios, tabelas e gráficos. As informações são disponibilizadas para o consórcio DragaBrasil, Secretaria de Portos (SEP), Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e prefeituras de Santos e Guarujá.

Matéria produzida em: 26/04/2010

Publicado por: DA REPORTAGEM