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Erosão nas praias é discutida em Semana de Biologia
Consultora do Monitoramento Praial falou sobre o tema para estudantes
A erosão das praias na Baixada Santista foi um dos temas abordados na abertura da VII Semana de Biologia da Universidade Católica de Santos (Unisantos), realizada de 22 a 24 de setembro. A consultora do Programa de Monitoramento Praial da Dragagem de Aprofundamento do Canal de Acesso ao Porto de Santos, a geóloga Célia Gouveia de Souza, do Instituto Geológico de São Paulo, falou aos estudantes sobre as causas do fenômeno.A erosão costeira preocupa quando o balanço sedimentar (sai mais areia do que entra) começa a ser negativo, explica ela. Isso pode ocorrer em qualquer praia do mundo. Entre as causas, destacou Célia Gouveia, estão o aumento do volume de água do mar, a urbanização no pós-praia, dragagem, limpeza pública que retira areia e a instalação de proteção rígida, como pedras.
Para a solução, Célia informou que são necessárias ações estruturais e não estruturais. No primeiro caso, as obras de proteção costeira devem ser feitas de preferência com material não rígido e acontece o “engordamento artificial da praia”, ou seja, colocação de areia.
Na ação não estrutural, a geóloga recomenda a conscientização da população, a remoção de estruturas urbanas e, principalmente, ter um gerenciamento costeiro para ter ordenação e zona de proteção, como já acontece na Europa (Espanha e França).
A abertura da Semana de Biologia contou ainda com a palestra do Secretário do Meio Ambiente de Santos, Fábio Alexandre de Araújo Nunes, e do coordenador geral de Pós-Graduação do Senac/Santos, André Belém.
Matéria elaborada em: 24/09/2010