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PROGRAMAS::

Programa auxilia no monitoramento e preservação das comunidades pesqueiras

Estudo biométrico avalia área de disposição

O Subprograma de Monitoramento das Comunidades Demersais e Pelágicas, que integra o Programa de Comunidade de Pesca da Dragagem de Aprofundamento do Canal de Acesso ao Porto de Santos realizou uma campanha de coleta, nos dias 2 e 3 de fevereiro. O objetivo é avaliar a evolução do pescado na área de disposição e mensurar, por meio de estudo biométrico (avaliação das dimensões e massa dos organismos) dos organismos. O trabalho aconteceu em seis quadrículas da área de descarte.

O recolhimento destes organismos para análise acontece a cada três meses, de acordo com o biólogo Silvio dos Santos e consultor da Fundação de Estudos e Pesquisas Aquáticas (FUNDESPA). Responsável pela coordenação do embarque, contou que no primeiro dia (2 de fevereiro) a embarcação percorreu três quadrículas a Q1, Q2 e Q3 e no dia seguinte (3 de fevereiro) Q4, Q5 e Q6.

O procedimento para a captura destes organismos foi feito por uma rede de arrasto duplo de fundo. “Estas redes são jogadas simultaneamente, cada uma de um lado da embarcação e ficam submersas durante 30 minutos, em uma profundidade que varia de 20 a 30m. Antes e depois das redes serem jogadas ao mar é feita uma medição da salinidade do local, com o auxílio do salinômetro. O procedimento nada mais é que, um método de comparação de parâmetros”, comenta o biólogo.

Os pontos de análises são precisos. O biólogo utiliza um GPS para verificar as coordenadas exatas em que as redes de arrasto foram jogadas e retiradas do mar.

Para que o estudo biométrico seja mais eficiente ainda, uma segunda rede chamada de emalhe é utilizada. Este tipo de arte de pesca permanece no mar durante 12 horas. “Ela é colocada em cada quadrícula, as redes de hoje nós recolhemos amanhã, e as de amanhã são recolhidas no último dia de coleta”. Mesmo com o auxílio do GPS para apontar os locais exatos, são colocadas bandeiras de identificação nestas redes.

“Todos os organismos que são recolhidos nas redes são analisados. Porém, apenas cinco espécies são focos de estudo do Programa como a Carapeba, duas espécies de Bagre, o Peixe Parati e o Siri”, destaca.

Após a captura, os organismos são levados para análise no laboratório do Instituto de Pesca onde são medidos, pesados e em, alguns casos, dissecados para verificação do grau de maturação.


Texto produzido em: 4/02/2011

Publicado por: DA REPORTAGEM