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DRAGAGEM::

Monitoramento intensivo é adotado para dragagem do Trecho 4

O overflow foi suspenso em duas áreas do trecho

A dragagem de aprofundamento do Trecho 4 do Canal do Porto de Santos, que abrange a área do Armazém 6 até a Alemoa, está sendo gerenciada de forma diferenciada. Esta é uma das condicionantes acordadas com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), segundo explicou a superintendente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP), Alexandra Grota. A fiscalização é feita por quatro fiscais treinados que ficam 24 horas na embarcação. “Além disso, tem a equipe de fiscalização contratada pela Secretaria de Portos, que faz a coordenação desses fiscais”, diz Alexandra.

A fim de garantir a fiscalização das operações de dragagem, explica Alexandra, é feito o cruzamento dos dados da caixa preta da draga, do rastreamento por satélite da embarcação e das anotações dos fiscais. Além dos dados serem todos analisados, estes são mapeados, o que dá para ter uma análise integrada das informações.

Outra condicionante acertada com o Ibama para a execução da dragagem no Trecho 4 está relacionada com a área do descarte dos sedimentos. A superintendente enfatiza que para monitorar a concentração de mercúrio foi proposta a realização de coletas de sedimentos semanais em quatro pontos e intensificado o monitoramento de biocumulação e testes de ecotoxicidade para dar segurança ao órgão ambiental.

Para garantir o controle e monitoramento da dragagem foi determinado pela CODESP, a divisão do Trecho 4 em quatro sub-trechos denominados A, B, C e D, onde os sub-trechos B e D apresentam restrições quanto ao uso do overflow (drenagem da água excedente na cisterna) e o sub-trecho A quanto a aspectos arqueológicos.

O descarte dos sedimentos das áreas B e D do Trecho 4 está sendo realizado somente nas Quadrículas 9 e 10, do Polígono de Disposição Oceânica – PDO, que representam o Setor de Uso Restrito (SUR). Existe a condicionante de dispor até 300 mil m³ de sedimentos por mês nessas áreas, 150 mil m³ em cada uma dessas duas quadrículas. No total, deve ser retirado, aproximadamente, 800 mil m³ dessas áreas.

As Quadrículas 9 e 10 foram definidas para o descarte desse material com base em estudos hidrodinâmicos modelados em diferentes cenários contidos no Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) da obra. De acordo com a superintendente, a Q 9 e a Q 10 foram escolhidas porque eram as áreas mais adequadas para esse tipo de descarte.

Na área A, devido à localização de um naufrágio nas proximidades do berço da Ilha Barnabé, a dragagem teve que ser feita de forma mais cuidadosa para não danificar a embarcação, seguindo recomendações da empresa Documento responsável pelo Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural das obras de dragagem.


Publicado por: DA REPORTAGEM