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DERROCAGEM::

Pedra de Teffé começa a ser parcialmente derrocada

A primeira detonação aconteceu na manhã do dia 28 de setembro

A derrocagem parcial da pedra de Teffé, localizada na margem direita do Porto de Santos, próximo aos armazéns 25 e 26, começou oficialmente na manhã desta quinta-feira (28). A detonação de quatro linhas de 60 furos com 27 quilos de explosivos em cada um foi acompanhada do cais por técnicos da empresa que realiza a obra, Ster Engenharia, da Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP), do Consórcio CHL, contratado pela Secretaria de Portos, e pela imprensa. A obra tem previsão de durar quatro semanas

O diretor de Infraestrurura e Execução de Obras da CODESP, Paulino Vicente, destacou a importância de todos os procedimentos realizados nas últimas semanas para o sucesso da operação. “Foram feitos ajustes, não só dos equipamentos, como também nas cargas de detonação”. Ele explicou, também, sobre os cuidados ambientais da obra para a proteção da fauna, que consiste no disparo de uma pequena carga explosiva e a manutenção de uma cortina de bolhas ao redor da área da pedra. “Com isso, há um afastamento dos peixes do local onde ocorre a detonação, minimizando a mortandade durante o processo da derrocagem”.

Paulino Vicente enfatizou a importância da obra de dragagem de aprofundamento para 15 metros explicando que a derrocagem das pedras de Teffé e Itapema viabilizará o alargamento do canal de acesso para 220 metros, com tráfego em mão dupla. “Vamos ter a grande vantagem e possibilidade de navios maiores de contêineres, graneis sólidos e líquidos chegarem ao Porto de Santos. Isso otimiza a chegada de cargas. O que vale dizer é que pode ter mais carga chegando com menor quantidade de navios.”

A implantação do Vessel Traffic Management Information System (VTMIS) – sistema de informação e gerenciamento de tráfego de navios – representará um ganho para a comunidade portuária, afirmou Paulino Vicente. “Com a possibilidade do tráfego em mão dupla, com certeza vamos ter ganhos bastante significativos na chegada e saída das embarcações. Haverá um grande ganho na performance do porto de Santos”.

A retirada do material fragmentado da pedra de Teffé será feita posteriormente, para não atrapalhar a temporada de cruzeiros marítimos que começa no dia 29 de outubro. A Ster Engenharia começa a derrocagem, também parcial, da pedra de Itapema, localizada na margem esquerda do cais santista, logo após encerramento na Teffé. No total, serão retirados 33 mil m³ das pedras.

A obra

Para a obra é utilizado o navio perfuratriz Yuan Dong 007 construído especialmente para esse tipo de atividade. A embarcação realiza a perfuração da rocha, o carregamento e a preparação do explosivo e a detonação. O trabalho é contínuo (24h/sete dias). Porém, as detonações acontecem uma vez por dia em horários (janelas) estabelecidos pela Capitania dos Portos junto com a Praticagem. No período para a preparação da detonação, o canal de navegação é fechado por três horas. Durante esse tempo, não é permitida a movimentação de embarcações na área de trabalho, que estará sinalizada com bóias.

Para informar quem estiver nas imediações das pedras, cinco minutos antes de cada detonação, serão tocados seis sinais sonoros longos de 10 segundos cada. Um minuto antes mais um sinal de 10 segundos seguido por no máximo 10 sinais de três segundos cada. Após a detonação e a inspeção da área, um novo sinal longo – acima de 10 segundos – será acionado para a liberação do canal de navegação.


Texto produzido em: 28/09/2011

Publicado por: DA REPORTAGEM