Portal do Governo Brasileiro

PROGRAMAS AMBIENTAIS DO PORTO DE SANTOS
ECONOMIA, SUSTENTABILIDADE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

DERROCAGEM::

Explosões da derrocagem foram monitoradas

Cinco sismógrafos mediram a intensidade de cada detonação

O uso de explosivos especiais para a derrocagem da pedra de Itapema, ocorreu mediante a realização de amplo processo de monitoramento ambiental, conforme determinado pelo Ibama. Há limites estabelecidos para o volume da carga utilizada e para as vibrações decorrentes das detonações, por exemplo. Foram utilizados "cinco sismógrafos em pontos estratégicos para mensurar a vibração", explicou a gerente de controle ambiental da Companhia Docas do Estado de São Paulo, CODESP, Márcia Jovito, em entrevista a uma emissora de TV local. Na última terça-feira, dia 15, pela primeira vez desde que a obra começou, moradores de Vicente de Carvalho relataram terem sentido um tremor em suas casas, no horário da explosão.

De acordo com o consultor especialista em explosivos,engenheiro Maurício Dompieri, algumas pessoas estão sentiram mais a vibração no momento da detonação pela “maior proximidade das áreas residenciais ao local da detonação e pela maior quantidade de explosivos utilizados por detonação na pedra de Itapema”. Além disso, segundo ele, a percepção das vibrações causadas no desmonte da pedra de Teffé foi menor porque o seu entorno já é afetado normalmente com a trepidação constante originadas pelo trânsito de caminhões e trens e cravação de estacas.

Dompieri destaca que “a percepção da vibração também é afetada pela sensibilidade de cada indivíduo. Se alguém está em repouso em casa e em ambiente silencioso, mesmo estando a uma maior distância pode perceber uma vibração que passaria despercebida a alguém que está na estação da Dersa conversando, se deslocando ou exercendo alguma atividade que lhe desvie a atenção”.

Por isso, as pessoas podem ficar tranquilas. O especialista ressalta que “as cargas explosivas foram cuidadosamente calculadas para que os limites recomendados na norma NBR-9653, da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas - fossem sempre respeitados, garantindo assim a integridade das edificações e de seus moradores. Mesmo assim, caso o monitoramento detectasse que a intensidade das vibrações estivesse se aproximando de níveis indesejados, seriam adotados procedimentos para redução das cargas para as detonações seguintes. Além disso, os problemas de lançamento de rochas e de ruído excessivo (sobrepressão acústica) que normalmente preocupam em detonações a céu aberto, não existem no caso de detonações subaquáticas”.

A norma seguida da ABNT indica valores máximos permitidos para se evitar danos estruturais e cosméticos às edificações expostas a vibrações. “Tanto em Teffé quanto em Itapema, não houve qualquer detonação que ultrapassasse estes valores. Como as vibrações diminuem à medida que aumenta a distância do ponto de detonação, e as medições estão sendo feitas nos pontos em terra mais próximos possíveis à pedra, garante-se assim que em nenhum outro local em terra as vibrações sejam maiores que as medidas nos sismógrafos”, finaliza Maurício Dompieri.

Serviço: Para assistir a entrevista de Márcia Jovito, acesse http://www.tvtribuna.com/videos/?video=11970

Texto produzido em: 17/11/2011

Publicado por: DA REPORTAGEM