Portal do Governo Brasileiro

PROGRAMAS AMBIENTAIS DO PORTO DE SANTOS
ECONOMIA, SUSTENTABILIDADE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

DRAGAGEM::

Dragagem trará progresso e lucros

A obra vai aumentar em 30% a capacidade operacional do Porto

Após 118 anos da atracação do navio “Nasmith” no primeiro trecho de 260 metros do Porto Organizado de Santos, na região do Valongo, é iniciada uma das obras mais arrojadas de sua história, que lhe proporcionará maior competitividade e um aumento de 30% em sua capacidade operacional.

Trata-se da dragagem para o aprofundamento do canal de navegação dos atuais 12 a 14 metros de profundidade para 15 metros e do alargamento passando de 150 para 220 metros. Com isso será possível a entrada e saída simultânea de navios de até 9 mil TEU (unidade equivalente a 1 contêiner de 20 pés). Atualmente a navegabilidade no canal é feita em mão única e por cargueiros com até 5,5 mil TEU.

Integram, ainda, esse projeto a retirada do navio Ais Giorgis, naufragado há cerca de três décadas, e a derrocagem das rochas Teffé e Itapema, localizadas respectivamente, na direção do Armazém 25, na margem santista, e do Armazém 12, do lado do Guarujá. Serão retiradas, ainda, do leito marinho três tubulações desativadas, localizadas entre a Ilha do Barnabé e o cais do Saboó. A previsão é que 13,62 milhões de metros cúbicos de resíduos sejam retirados do canal.

A obra, fiscalizada pela CODESP, é realizada pelo Consórcio DragaBrasil (formado pelas empresas EIT – Empresa Industrial Técnica, DTA Engenharia, Equipav Pavimentação e Comércio e Chec Dredging) e terá custo de R$ 199,5 milhões. Esse montante, financiado pela Secretaria de Portos (SEP) faz parte do Programa Nacional de Dragagem (PND), mantido com a verba do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.

Programas Ambientais

Para a realização das obras de dragagem, cuja licença foi concedida à Secretaria de Portos (SEP) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foi elaborado o Plano Básico Ambiental (PBA).

O PBA, sob responsabilidade da CODESP e Fundação de Estudos e Pesquisas Aquáticas (FUNDESPA), instituição ligada à Universidade de São Paulo (USP), é formado por 24 Programas Ambientais, que vão monitorar desde a qualidade das águas, dos sedimentos, organismos marinhos até o apoio e conscientização da população afetada pela obra (ver detalhes de cada programa no Organograma do Projeto).

Dentro ainda do PBA está incluído o monitoramento, em tempo real, via satélite, do trabalho das dragas que é acompanhado pela CODESP, SEP, Ibama, Cetesb e Consórcio DragaBrasil.

Duas embarcações chinesas estão sendo utilizadas. A primeira a iniciar os trabalhos foi a Hang Jun 5001, com capacidade para transportar até 5 mil metros cúbicos em sua cisterna (local onde são depositados os sedimentos). A segunda draga, a Xin Hai Hu, uma das maiores em operação no mundo, comporta 13.500 metros cúbicos. As obras de dragagem de aprofundamento e derrocagem do Porto de Santos devem durar 18 meses.

Matéria elaborada em: 10/03/2010

Publicado por: DA REPORTAGEM