PATRIMÔNIO::
Termina a primeira fase da prospecção subaquática do Porto de Santos
25 pontos do canal de acesso foram pesquisados
A primeira fase do trabalho de prospecção subaquática dos 25 pontos de anomalias no canal de navegação do Porto de Santos terminou no dia 18 de maio. Com autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a equipe da Documento Patrimônio Cultural, Arqueologia e Antropologia investigou as áreas de interesse definidos por intermédio de informações das comunidades e estudos históricos, além das indicações de um sonar de varredura.A pesquisa integra o Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural, no Plano de Dragagem de Aprofundamento do Canal de Navegação do Porto de Santos. Por intermédio do sonar foi possível encontrar, a 25 metros de profundidade, os destroços do vapor de bandeira espanhola Vérnia, naufragado em 1957, que está fora da área de influência direta da obra de dragagem. Outras ocorrências diagnosticadas estão sendo analisadas pela Documento, que pode realizar, se necessário, nova fase de prospecção subaquática. A equipe da empresa é formada por 41 profissionais das áreas de arqueologia, história, geografia, antropologia, oceanografia, biologia, arquitetura, mergulho, logística, marketing, multimídia e letras.
As ações de campo da Documento foram iniciadas no mês de janeiro, de acordo com informações da arqueóloga Leilane Lima. Na primeira etapa foi realizado “o levantamento e prospecção de toda a extensão do canal na margem direita e esquerda na parte histórica, arqueológica e cultural em ambiente terrestre, desde a Ponta dos Limões até a Ilha do Barnabé e Bagres”.
Para isso, foram percorridas as seguintes comunidades dos municípios de Cubatão, Santos e Guarujá: Vila dos Pescadores, Sítio Cachoeira, Conceiçãozinha, Ilha Diana, Monte Cabrão, Santa Cruz dos Navegantes e Praia do Góes.
Em cada local, foi feito o “levantamento do patrimônio imaterial (saber fazer, crenças, casos, histórias de vida, tipos de pesca), patrimônio edificado (técnicas e práticas de construção, levantamento sobre o conhecimento arqueológico da área) e patrimônio histórico (ferramentas de trabalho, imagens religiosas, redes de pesca, entre outras coisas do cotidiano)”. Somente depois dessa etapa é que foi iniciada a prospecção subaquática.
Todas as informações que são coletadas pelo Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural, no Plano de Dragagem de Aprofundamento do Canal de Navegação do Porto de Santos, fazem parte de documento que é entregue mensalmente à Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP) e ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), órgão federal que acompanha, fiscaliza e aprova as pesquisas. O trabalho da equipe vai acompanhar a obra de dragagem até o seu encerramento.
Matéria produzida em: 10/05/2010
