DERROCAGEM::
Derrocagem das pedras Teffé e Itapema foi um sucesso
Equipes de trabalho avaliaram o trabalho em reunião na Codesp
A obra de derrocagem das pedras de Teffé e Itapema foi um sucesso. Esta é a avaliação da gerente de Controle Ambiental da Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP), Márcia Jovito, anunciada em reunião, realizada na empresa no dia 25 de novembro, com as equipes que atuaram no empreendimento.De acordo com Márcia “o trabalho foi muito interessante e o objetivo da primeira etapa foi atingido”. Da mesma opinião compartilhou o coordenador técnico do Consórcio CHL, contratado pela Secretaria de Portos (SEP), para a fiscalização da obra, Luiz Alberto Costa Franco.
Para ele, a aproximação promovida pelo Consórcio CHL com todos os envolvidos em cada passo do derrocamento para a solução dos problemas, principalmente relacionados ao funcionamento da cortina de bolhas, foi muito positiva.
O responsável pela derrocagem das duas rochas, Cyril Girardeaux, da Ster Engenharia, ao fazer um breve relato sobre o cronograma da obra, confirmou que o maior desafio no empreendimento foi mesmo a cortina de bolhas. Esse sistema de segurança, instalado ao redor das pedras para a proteção da fauna, foi utilizado pela primeira vez pela empresa. Na derrocagem realizada no canal do Panamá pela embarcação Yuan Dong 007, o método não foi adotado.
Já o responsável pelas cargas de explosivos para a detonação das rochas, Carlos Rodriguez, da Maxam informou que foram utilizados para o desmonte das duas rochas 5,425 toneladas de Valex e 30,725 toneladas de Rioflex. As duas cargas resultaram no volume bruto de fragmentação de 38.835 m³ de pedras.
Além da responsabilidade sobre os explosivos, a Maxam também utilizou cinco sismógrafos para monitorar a intensidade das explosões, a fim de evitar danos às edificações próximas às pedras. Segundo Rodriguez, nenhuma detonação superou os limites recomendados na norma NBR-9653, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Monitoramento ambiental
Dentro das atividades do plano básico ambiental da dragagem de aprofundamento do Porto de Santos, o Programa de Mitigação dos Impactos da Derrocagem, desenvolvido pela Fundação de Estudos e Pesquisas Aquáticas (Fundespa), teve como atribuição o acompanhamento completo da obra de derrocamento. Para isso, contou com atuação de engenheiros especialistas em estruturas e explosivos, além do trabalho de biólogos, que de dentro da perfuratriz Yuan Dong 007 verificaram a presença de espécies de mamíferos aquáticos na área de trabalho da embarcação.
Ainda durante a reunião, foram apresentadas as atividades desenvolvidas pelo Programa de Comunicação, específicas para o desmonte das duas rochas que incluíram a produção de Informativo Especial Derrocagem, folhetos, faixas e a atualização do site: www.dragagemdoportodesantos.com.br com informações atualizadas sobre a obra.
Próxima etapa
A próxima etapa da obra de derrocagem é a retirada dos fragmentos das duas rochas do fundo do canal de navegação. A Ster Engenharia aguarda o posicionamento da Secretaria de Portos (SEP) para definir quando e por qual pedra – Teffé ou Itapema - iniciará a atividade. A retirada do material fragmentado deve ser feita por intermédio de uma draga Clamshell (com garras mecânicas em formato de concha).
Texto produzido em: 18/11/2011